quinta-feira, 31 de março de 2011

Egito por Cissa Geyer!!

Fotos: Pedro Koeller

Jornal O Dia.




Tabuletes, achamos interessante copiar para vocês a entrevista que a nossa amiga Cissa Geyer deu para o Jornal O Dia, na Coluna de Bruno Astuto, contando como foi estar no meio da crise do Egito! Ela também deu várias dicas legais de lá!

"Cissa Geyer relata os momentos de tensão e as maravilhas de sua viagem ao Egito.

A jornada foi com a família do namorado, o fotógrafo Pedro Koeller. “Eles já haviam preparado a viagem há seis meses e me convidaram para acompanhá-los”, diz ela. Entre momentos de tensão por não saber se conseguiriam deixar o país, confusão nos aeroportos e toques de recolher, Cecília confessa que passou por uma experiência inexplicável e que, diante de tanta beleza, os percalços do passeio ficaram até pequenos. “Fiquei tão impressionada com as pirâmides e as pinturas de dentro dos templos que valeu a pena”.

ROTEIRO. “A primeira parada foi em Marrakech, dia 22 de janeiro, onde ficamos até 25, quando desembarcamos no Cairo. Lá nos hospedamos no hotel Four Seasons Nile Plaja, que é a melhor opção levando em consideração conforto e localização. Depois pegamos um avião para Abu Simbel, onde estão os Templos de Abu Simbel e de Hathor. Em Luxor, no dia 31, pegamos o avião de volta para o Cairo, e lá sentimos toda a tensão dos conflitos pelos quais o país passava. No dia seguinte, chegamos ao aeroporto do Cairo e a situação era um caos. Diziam que o voo sairia, só não sabíamos que dia e que horas. Esperamos seis horas em pé na fila do embarque e finalmente conseguimos entrar no avião e aterrissar em Paris. A sensação de estar em solo seguro foi um alívio.”

PERRENGUE. “Estávamos há cinco dias sem Internet, porém acompanhávamos tudo pela TV. A experiência de escutar tiros e esbarrar com manifestações foi assustadora. E o clima de deixar o país era horrível nos aeroportos. As linhas aéreas foram fechadas, apenas alguns países mandavam aviões para seus cidadãos (o Brasil não mandou nenhum!). Ficamos sete horas em Luxor até conseguirmos embarcar para o Cairo. Ao chegar, a cidade já estava com toque de recolher e o exército nas ruas. No trajeto do aeroporto até o hotel precisamos de uma autorização especial e passamos por três barreiras do exército. Graças a Deus não tivemos problemas. A viagem só se tornou mais segura porque estávamos com uma agência de viagem, que se responsabilizou e nos protegeu em todos os momentos.”

CAIRO. “Nosso primeiro passeio foi visitar as pirâmides. A maior delas foi construída pelo Rei Quéops e as menores por Quéfren e Maisqueriam, seus filhos. Nesse plateau está a esfinge, guardiã das pirâmides. Fiquei impressionada com as pinturas dentro dos templos. Incrível imaginar que, com os poucos recursos da época, os egípcios eram capazes de construir monumentos tão bem trabalhados. O que me chocou nessa visita foi ver que a cidade do Cairo está invadindo toda esta área histórica com favelas e sujeira. É uma cidade pobre e abandonada. O descaso do Governo com o país é muito triste. Torço pelo povo egípcio, que está cansado de tanta corrupção e miséria... Continuando o passeio, seguimos para o Museu do Cairo, onde se encontram tesouros históricos. Fiquei com a impressão de que todo aquele tesouro, cujo valor é inestimável, está colocado lá dentro sem maiores cuidados. Tivemos a sorte de ver o museu um dia antes de ser invadido e ter tido algumas peças depredadas.”

TENSÃO EM ABU SIMBEL. “Em Abu Simbel a Unesco retirou os Templos de Abu Simbel e de Hathor, que estavam ameaçados de submergir, com a construção de represas e os transferiu para um rochedo artificial, de 210 metros para trás e 65 metros acima da sua posição original. Me impressionou as imagens colossais de Ramsés II entalhadas em pedra. Após o passeio entramos num cruzeiro pelo Rio Nilo. A essa altura, as manifestações no país pela deposição do presidente Mubarak estavam crescendo e criava-se um clima ainda mais tenso. Apesar de encontrarmos a cidade tomada por tanques e pelo exército, conseguimos ver todo o resto do que tínhamos programado, como o Vale dos Reis e o Templo de Karnak, em Luxor.”

DICAS. “Aconselho a quem vai para o Egito a contactar uma agência de viagem, que, no nosso caso, programou todos os passeios e disponibilizou um guia para todos os lugares. No Cairo, aconselho a ficar no Four Seasons, o hotel é maravilhoso e muito confortável. Lá você não pode deixar de visitar as pirâmides (lógico!) e, para quem gosta de aventuras, pode-se fazer um passeio de camelo. O Museu do Cairo era imperdível (entretanto, um dia depois que visitamos, ele foi saqueado e depredado). O legal também é fazer um cruzeiro pelo Nilo. Pegamos o Barco Sun Boat IV e visitamos diversas cidades e seus templos. Os que mais me encantaram foram: os Templos de Abu Simbel (em Abu Simbel), de Isis (em Assuã), o de Karnak (em Luxor) e o Vale dos Reis. Cada qual com sua história e beleza. Como a situação no país não era pacífica, ficamos restritos ao hotel ou ao barco para a vida noturna, então, não posso indicar restaurantes e bares."

5 comentários:

  1. Anônimo31/3/11

    Que susto! Muito legal o post!

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  2. Eu tinha o maior sonho de conhecer o Egito..

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  3. Anônimo31/3/11

    as fotos estão demais!

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  4. Oioioi Que legal... valeu as dicas... morro de vontade conhecer lugares assim históricos.. bjs Li

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